A transformação da gestão de negócio em tempos de pandemia

A palavra gestão vem do latim gestionis, que dá origem também à palavra gestação e tem a mesma raiz da palavra gesto. Gestação nos remete ao entendimento de um projeto de vida, uma função muito importante. Já os gestos nos remetem aos movimentos. Muitos entendiam durante alguns séculos atrás a gestão como algo onde o gestor teria que apontar a direção, indicar o caminho e, literalmente, gesticular bastante.

Na década de 90 essa ideia foi aprofundada e o gestor foi comparado a um maestro, que por meio de suas orientações consegue extrair o melhor de cada indivíduo. Dessa forma ele transforma a diversidade em um trabalho em equipe e obtém um resultado espetacular.

Hoje, os gestores precisam ser bons analistas e ter excelente habilidade relacional. Eles precisam desenvolver a inteligência emocional, agir muitas vezes como diplomatas, analisar as circunstâncias, engajar e encorajar as pessoas, gerenciar as relações e tomar as melhores decisões.

E o futuro?

Muitas são as mudanças a serem consideradas em nossos tempos. Como será o futuro? Essa seria a pergunta cuja resposta poderia valer um milhão de dólares. Passeando entre as duas principais tendências:

  • a primeira, que o mundo voltará a ser o mesmo e os efeitos da pandemia cairão no esquecimento;
  • a segunda: que haverá (e para alguns já há) um novo mundo.

Dentro disso, podemos chegar a algumas conclusões de imediato, como as mudanças na força de trabalho. Vi recentemente um cartão de visitas em que o endereço constava a palavra “anywhere”. Ou seja, além da possibilidade do trabalho remoto por parte do colaborador, também é possível a contratação de pessoas de qualquer lugar do mundo.

Cuidados com o trabalho remoto

Há também a mudança significativa na aceleração das providências referente à segurança da informação, questão obviamente muito discutida em virtude do trabalho remoto. Neste ponto, ressalto a importância do engajamento das empresas em conscientizarem seus colaboradores dos enormes danos que podem ser causados se houver vazamentos de dados de clientes, informações estratégicas e financeiras, entre outras.

Faz-se necessário bastante diálogo, treinamentos e capacitações, a fim de assegurar a eficiência do trabalho em home office. Muito embora o mesmo já tenha apresentado crescimento de mais de 20% no que tange a produtividade nesses 4 primeiros meses da pandemia.

Um aspecto interessante é a diferença entre equipes que já existiam e foram trabalhar em regime de teletrabalho e equipes que foram criadas para determinados projetos, em função das necessidades impostas pela Covid-19. No primeiro exemplo, a produtividade cresceu de forma praticamente imediata. No segundo, houve em um primeiro momento uma queda, em função principalmente da falta de confiança. Segundo estudos de neuroeconomia, a confiança impacta de forma direta a produtividade.

Novas relações comerciais

Além das mudanças na força de trabalho e o aprimoramento na segurança das informações, destaco ainda a transformação nas relações comerciais, com ênfase na continuidade do negócio. É preciso mitigar riscos e avaliar a continuidade de estratégias, parcerias e negócios. As relações comerciais estão sendo revisitadas e reavaliadas.

O e-commerce, que não é uma novidade da pandemia, toma uma força estrondosa, como grande componente nas relações comerciais. E não apenas no que tange a utilização de plataformas por parte de quase todos os negócios — sejam os menores, utilizando a plataforma dos maiores, ou até mesmo os que estão adequando seus negócios pela primeira vez a esse modelo.

O e-commerce surge também com grande poder de impulsionar a economia, promovendo empregos, educação e saúde. A telemedicina, o avanço dos cursos online e o mercado digital como um todo, impulsionam a economia, afetando positivamente a vida de milhares de brasileiros.

Flexibilização da gestão

Muita educação tem sido disponibilizada, até mesmo de forma gratuita, levando mais pessoas ao acesso a informação e conhecimento. E isso nos leva a pensar em desenvolvimento e uma melhora no nível de desigualdade social a médio e longo prazo.

Cabe lembrar a importância de as empresas adotarem uma forma flexível de gestão. Para, assim, estarem preparadas para enfrentar as vulnerabilidades, incertezas, complexidades e ambiguidades inerentes ao nosso tempo. Seus princípios e valores devem ser rígidos, suas estratégias não. Alguns poderiam dizer que as estratégias devem se adequar às mudanças. Eu diria que devem se antecipar a elas.

Encerro essa reflexão trazendo um destaque à solidariedade, revelada em muitas ações nas relações B2B, C2C, e como podemos chamar ultimamente “H2H” (human to human). Pessoas compram de pessoas. Logo, mesmo estando em meios digitais, os clientes sempre olharam com atenção especial para as empresas que oferecem valor, boas experiências e engajamento social em suas plataformas.

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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre A transformação da gestão de negócio em tempos de pandemia. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.

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