Vamos começar de forma prática: muita gente precisa dos Correios. Estamos falando da maior empresa de envio e entrega de correspondência do País e estão presentes em todos os 5.570 municípios brasileiros. É responsável por cerca de meio bilhão de objetos postais por mês. Mas, apesar da ampla área de cobertura e do tamanho da operação logística desenvolvida pela empresa, nem sempre a estatal é a melhor opção para vendedores e consumidores.
Com localidades que possuem restrição para entrega domiciliar, possibilidades de greves como a que ocorreu em 2020 e paralisação dos serviços por meses, é necessário pensar em alternativas para que as entregas não parem. Digo isso especialmente no cenário de crescimento no número de envios postais no País.
Com a pandemia, o número de consumidores online cresceu 29% em 2020. Neste caso, chegou a 79,7 milhões de pessoas e 194 milhões de pedidos virtuais, como aponta a pesquisa Webshoppers da consultoria Ebit|Nielsen. Em 2020, o e-commerce precisou se adaptar à maior greve da história dos Correios. Lembrando que isso ocorria ao mesmo tempo em que o número de pedidos virtuais só aumentava. Segundo o relatório Omnichannel 2020 da consultoria Kantar, o e-commerce cresceu em poucos meses o que levaria anos.
A primeira solução que vem à mente é o envio por meio de empresas privadas, mas mesmo essas têm problemas. Afinal, nem todas as localidades estão dentro da área de cobertura; pode não haver filiais em determinadas regiões; o destinatário pode estar ausente ou muitos outros motivos que impossibilitam a entrega. Essas questões ainda deixam lacunas na operação logística — o que impulsionou o desenvolvimento e implementação de novas alternativas.
Alternativa PUDO
Uma delas é a rede de PUDOs (sigla em inglês para “Pick Up & Drop Off”, que poderia ser traduzido para algo como “pegar e largar”), e a opção oferecida por lojistas de realizar a compra online e retirar o produto no estabelecimento, sem custo de frete. O frete gratuito ou mais barato é um dos fatores que mais pesa na decisão do consumidor. A pesquisa Webshoppers indica que, quanto maior o custo do envio, maior a chance do cliente fazer alguma reclamação sobre qualquer aspecto da compra. Além disso, o frete grátis é um ponto decisivo para que seja efetuada a compra.
A rede de PUDOs, por sua vez, também vem se ampliando e se tornando mais conhecida no Brasil. Aqui, esse modelo é conhecido como pontos de coleta e de retirada, tendência que traz vantagens aos e-commerces e também aos consumidores. Afinal, reduz o número de insucesso nas entregas e reduz os custos de frete. Mesmo com a ampla área de cobertura oferecida tanto pelo Correios quanto pelas muitas transportadoras, ainda há lugares de difícil acesso e com restrição de entrega domiciliar. Portanto, os pontos de coleta são uma opção para vendedor, distribuidora e consumidor final.
Essa conveniência permite ao lojista ter a liberdade de deixar o produto em um ponto credenciado de sua escolha, para que o consumidor final retire por conta própria. Predições da Doddle, empresa britânica do setor de logística, indicam que os PUDOs devem continuar crescendo e se estabilizar como uma das principais formas de entrega e retirada de compras online.
Vantagens dos pontos de coleta
O investimento das empresas nesse mercado vem crescendo no mundo todo. Para ter uma ideia, os pontos de coleta já podem ser encontrados em outros países, como a China e a Polônia. Isso porque a possibilidade de realizar a entrega em estabelecimentos comerciais dribla diversas inconveniências, como:
- tentativas de entrega em horários em que não há ninguém em casa;
- prédios sem portaria;
- assim como outras ocorrências comuns em entregas realizadas pelo Correios.
Além disso, os pontos de coleta facilitam a fase final da entrega, etapa conhecida como “última milha” — determinante para o cumprimento do prazo. Ao otimizar a rota, a frota faz um percurso menor e maximiza a capacidade de ocupação dos veículos.
Escolher a melhor alternativa de entrega dos produtos é um diferencial para os e-commerces, desde os menores até as grandes empresas. É necessário haver alternativas para viabilizar o envio em menos tempo e com menor custo, a fim de proporcionar uma melhor experiência para o consumidor final. Quanto mais os e-commerces se atentarem à logística dos envios e às melhores oportunidades de operações, mais irão fidelizar seus clientes e proporcionar boas experiências de compra.
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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Alternativas de entrega – quem precisa dos Correios?. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.
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