Desde que o setor alimentício conheceu o sistema de franquia, em 1950, com o surgimento das marcas mais famosas de lanches e fast food do mundo, o franchising se faz da mesma forma: uma franqueadora com nome potente oferece seu consolidado branding, além de suporte técnico e de marketing para o franqueador. Este, em troca da estrutura e apoio, paga royalties de publicidade e vendas sobre seu faturamento para o franqueado. A estrutura do padrão de loja é bastante simples: o restaurante é composto por cozinha, caixa e salão.
Ou melhor, era. Até que um inovador modelo de negócios surgiu e tem se mostrado tão rentável que o crescimento é estrondoso em todo o mundo. É o início da era das dark kitchens.
Dark kitchen, como o próprio nome diz, é uma cozinha oculta. O cliente não a vê. É um sistema no qual restaurantes concentram suas atividades na cozinha e no delivery, eliminando custos com a área do salão e atendimento. Diferente dos restaurantes convencionais, neste negócio não é possível aos clientes consumirem no estabelecimento, por isso os custos são menores, tornando a eficiência operacional maior. Um dos princípios das dark kitchens é estar mais perto do consumidor, com localizações estrategicamente escolhidas para que as entregas sejam feitas o mais rápido possível.
Outro aspecto fundamentalmente inovador das dark kitchens para o setor de franquias é o fator tecnológico. Para aproveitar o máximo de eficiência operacional, esses estabelecimentos precisam se adaptar para atender os pedidos pela internet, o conhecido e-commerce.
Como as cozinhas ocultas não contam com o salão e o atendimento direto ao público, os pedidos devem ser muito bem organizados no espaço virtual. Os indicadores da pesquisa da Neotrust mostram que os brasileiros estão cada vez mais acostumados com as compras feitas online, que tiveram um aumento de 57,4% em 2021 em relação ao ano de 2020.
Com o consumo de comida não poderia ser diferente. A cultura de se alimentar no restaurante onde se compra a comida sofreu um baque com o início da pandemia, e o ano de 2020 representou um momento de readaptação para os negócios do setor de alimentação. Na corrida para atender aos novos hábitos de consumo mundiais e as medidas necessárias de distanciamento social, as dark kitchens, sem dúvida, já estavam preparadas. Seu modelo de negócio já contava com menos funcionários do que restaurantes tradicionais, estando aptas para atender as demandas feitas online, por telefone ou WhatsApp, com um delivery rápido.
Ao mesmo tempo em que o e-commerce explodiu no Brasil, como mostram os dados do Fórum Público da Organização Mundial do Comércio (OMC), apresentados em setembro de 2021, revelando que só entre abril e setembro de 2020 o país registrou a criação de 150 mil lojas online. O setor de dark kitchens seguiu a mesma alta de crescimento.
Em tempos onde as mudanças acontecem muito rapidamente em todos os setores da economia, é preciso estar atento aos indícios do mercado sobre as tendências de cada setor. Agora, com a retomada de restaurantes presenciais e a reabertura de mais estabelecimentos, o setor de cozinhas ocultas não deve diminuir.
A tendência que se espalha mundialmente reflete não só as necessidades da população pelo momento de pandemia, mas os novos hábitos de consumo que flertam cada vez mais com a tecnologia, praticidade, rapidez e experiência de marca. As dark kitchens ainda possuem pontos para explorar e devem ganhar cada vez mais relevância no setor alimentício.
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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre A revolução no setor alimentício com as franquias dark kitchens. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.
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