A aceleração da transformação digital provocada pela pandemia atingiu os mais variados setores, e um deles foi o de supermercados. A venda por delivery se tornou uma real necessidade durante o período de isolamento social, revelando às empresas e aos consumidores a importância de não se limitarem ao físico. Apesar de estarmos falando de um segmento em que as vendas online são mais complexas, sobretudo por causa da logística, é fundamental ter em mente que os supermercados que ainda não se adaptaram a esta nova estratégia perderão excelentes oportunidades de negócio.
Diante deste panorama, você verá neste artigo o crescimento e o potencial de investir num e-grocery, além de conferir táticas importantes para ter sucesso em suas operações.
Dados do mercado: avanço do e-grocery no Brasil
Antes de tudo, entenda o significado do termo e-grocery. Separando-o, temos a partícula “e”, que se refere à eletrônico, e “grocery”, que pode ser traduzido como mercearia. Por isso, utilizamos esta expressão para denominar os e-commerces de supermercado.
Não é de hoje que o formato online de vendas de bens não duráveis existe de maneira consistente. Nos Estados Unidos e na China, as pessoas já têm o hábito de comprar alimentos pela internet há um bom tempo. Aqui no Brasil, apesar do e-grocery não ser uma novidade, ainda não era tão bem explorado quanto poderia. Em 2019, 11 das 20 maiores redes de supermercado vendiam online, de acordo com a ABRAS. Mas, desde o isolamento social vivenciado durante os primeiros meses da pandemia, o cenário vem mudando de maneira intensa e acelerada.
Do lado do consumidor brasileiro, mediante o contexto pandêmico, ter a opção de comprar com pouquíssimo risco de contaminação (além da praticidade característica das compras online) possibilitou que o e-grocery passasse a ser visto como uma opção extremamente atrativa e necessária.
Mas, e agora, no pós-pandemia? A verdade é que ninguém é o mesmo de antes. A mudança de rotina e hábitos não só se transformou, como também reconfigurou as preferências dos consumidores. Uma grande certeza é que muitos dos costumes adquiridos durante a pandemia estão se mantendo no cenário atual. Não só pela segurança e proteção, mas pela comodidade e conforto também. E este é o caso das compras pela internet de bens não duráveis .
Agora, vamos nos ater aos dados. O 44º relatório Webshoppers, lançado pela Ebit|Nielsen, revelou que a categoria de alimentos e bebidas obteve um crescimento de 19,2% em seu faturamento e de 35,9% no número de pedidos no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado.
Tamanho potencial deste setor no comércio digital, o Mercado Livre divulgou, recentemente, que passará a oferecer itens perecíveis de açougue, hortifrúti, congelados etc. em seu marketplace. Mesmo já contando com produtos da categoria de alimentos e bebidas, o grande player só oferecia itens não perecíveis em seu portfólio. Agora, através da parceria com o Supermercados Mambo, o Mercado Livre oferecerá uma experiência de compra ainda mais completa aos clientes. A princípio, estes produtos estarão disponíveis apenas para consumidores da zona oeste de São Paulo, mas gradativamente se expandirá para toda a cidade e região metropolitana.
Como driblar os desafios de vender bens não duráveis pela internet?
Lidar com o estoque de alimentos e bebidas tendo como plano de fundo a venda em canais físicos e digitais, separação dos pedidos com grande número de itens e entrega rápida são alguns dos principais desafios de começar a vender produtos não duráveis pela internet. Negócios menores podem iniciar as vendas online apostando em aplicativos de delivery já existentes ou marketplaces. Porém, empresas maiores necessitam pensar em e-commerces próprios, que sejam capazes de oferecer a robustez essencial.
Para isso, é importante que toda a cultura e todos os processos do negócio sejam submetidos à transformação digital. Ter uma equipe enxuta e especializada para operar especificamente no e-grocery e estruturar de maneira sólida e estratégica toda a logística é fundamental. Além disso, é importante que o supermercado já tenha alcançado maturidade em sua atuação no mundo físico, para que, assim, consiga conciliar o digital de maneira eficiente e assertiva.
Isso sem mencionar a escolha da plataforma ideal para a implantação do e-commerce. É necessário escolher uma tecnologia que esteja pronta para se tornar um e-grocery, e que seja capaz de se adequar às particularidades do negócio, além de ser versátil e veloz para oferecer uma experiência de compra personalizada e agradável aos consumidores.
Por fim, considere incorporar os tipos de produtos aos poucos. Comece pelos não perecíveis até finalmente dar start à comercialização de itens perecíveis. Esta estratégia te ajudará a estruturar os seus processos internos de modo que a experiência do cliente não seja prejudicada.
Leve o seu supermercado para o comércio digital
Dentre as principais vantagens do seu supermercado contar com um canal de venda digital, estão: a possibilidade de oferecer a comodidade que os consumidores procuram diante de um cotidiano agitado; estar disponível para vendas todos os dias da semana durante as vinte e quatro horas; além de proporcionar uma experiência de compra mais completa. E comparado aos demais segmentos, a recorrência de compra é, sem dúvidas, um grande destaque, já que se tratam de produtos essenciais e de rápido consumo.
Não espere mais tempo para apostar nas vendas online, afinal, é uma tática que deixou de ser apenas uma tendência para se tornar uma realidade promissora. Apesar dos desafios, é muito importante atender o consumidor de acordo com o que ele deseja e espera, e ter um canal para vender pela internet é uma das maneiras de proporcionar isso.
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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre E-grocery: por que as compras de supermercado nunca mais serão as mesmas?. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.
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