Que o comércio virtual está em alta, não há dúvidas. Nos últimos dois anos, em razão das restrições impostas pela pandemia do coronavírus, muitos negócios aceleraram o inevitável processo de migração para o meio digital.
E o resultado disso foi uma explosão no número de vendas no setor, mostrando que, mesmo em 2022, com o país retornando a uma certa normalidade, os índices de crescimento ainda não alcançaram o teto. E agora, de forma mais organizada, os negócios se expandem para os verdadeiros shoppings virtuais, nome dado ao marketplace.
Projeção recente da Nuvem Shop, por exemplo, estima que o setor ainda vai crescer de 30% a 40% anualmente pela próxima década. Um dado otimista, embora muitos ainda tenham dúvidas se o investimento na área vale a pena.
Saiba mais sobre o comissionamento dos marketplaces.
Entre as principais dúvidas dos empresários estão as razões técnicas de implementação e gestão do negócio, como o comissionamento para marketplaces e a gestão do split de pagamentos.
O marketplace é chamado de shopping virtual, pois a lógica é semelhante à encontrada nos grandes centros físicos de compras. Ou seja, um único local onde estão presentes as principais marcas e oferta de serviços, proporcionando ao consumidor, ao mesmo tempo, comodidade, conforto e segurança.
Há vários exemplos de marketplaces bem-sucedidos no Brasil. Entre eles, destaca-se o Mercado Livre, a Amazon, o Shopee e o Magazine Luiza. Há empresas que oferecem além da venda de produtos, como é o caso do iFood – no ramo da alimentação -, e o GetNinjas, que organiza em um único ambientes prestadores de serviços cotidianos.
Marketplace pode ser bom, mas é preciso avaliar
A escolha entre ampliar o e-commerce para a criação de um novo marketplace, ou aderir a um existente, passa por diversas variáveis. E todas devem ser levadas em consideração para entender o que compensa para o negócio no curto, médio e longo prazos.
Afinal, um marketplace funciona para gerar mais vendas, mas não necessariamente funcionará para ampliar o alcance da marca. Isso porque os “méritos” – ou as frustrações – da experiência geralmente ficarão com a marca marketplace, e não com a loja.
Comissionamento do marketplace
Além disso, as questões organizacionais de logística, controle de estoque e tributação são inerentes ao negócio. Seja o organizador do shopping virtual, ou a loja parceira, é importante estar atento às regras de comissionamento do marketplace. Isso porque cada plataforma possui suas próprias regras de retenção, que podem variar, em média, de 10% a 16%.
Ou seja: imagine que você vai inserir em um marketplace a sua marca de roupas. E que cada calça custe R$ 100. Ao finalizar a compra, o marketplace poderá ficar com R$ 16 do pagamento, e você com os demais R$ 84. Desse saldo, é necessário calcular o custo operacional, os tributos e ainda considerar a necessidade de margem de lucro.
Muitos lojistas consideram o comissionamento para marketplaces elevado. Mas é importante avaliar que, desse percentual retido, está incluída toda a tecnologia por trás do negócio, os investimentos em divulgação, a exposição da marca e, em alguns casos específicos, o transporte com o frete “grátis” ao consumidor.
Split de pagamentos deve ser automatizado
Para um e-commerce já consolidado, ingressar em um marketplace pode gerar algumas burocracias internas na administração do negócio. Afinal, controlar todas as variáveis já citadas é difícil, e erros podem ocorrer. O ideal, nesse caso, é manter um sistema de controle financeiro ativo e totalmente automatizado. E é essencial que ele forneça o que o mercado chama de split de pagamentos.
O split de pagamentos é um mecanismo que controla e automatiza todo o processo financeiro das vendas. Através desse sistema, a loja é capaz de criar caixas secundárias para organizar, a cada venda, as comissões e as retenções de impostos, por exemplo. E além disso transferir as informações aos demais setores da organização, como o faturamento e a contabilidade.
Split de pagamentos em seu marketplace
Se o split de pagamentos é um forte aliado de uma loja que pretende ingressar em um marketplace, ele se torna fundamental para quem pretende organizar um.
Imagine que o seu investimento seja em um marketplace de vendas de acessórios automotivos. E em seu grande shopping virtual existem dezenas de lojas associadas. Para o consumidor, isso não importa. O que ele busca, e quer, é agilidade e segurança ao fechar o carrinho.
Se ele quiser comprar quatro itens, de quatro fornecedores distintos, é importante que o marketplace faça isso de forma simplificada para o usuário. Ou seja: independentemente do número de fornecedores, o pagamento deverá ser único por parte do cliente.
Caberá ao sistema de split de pagamentos cuidar do restante. É essa inteligência que irá reter o comissionamento para o marketplace e distribuir a parte devida a cada lojista associado. Se isso fosse feito de forma manual, os riscos de erros seriam infinitamente maiores.
Entre eles, falhas na distribuição percentual das taxas cobradas (que pode variar conforme a negociação com cada loja), erro de cálculo na divisão e até mesmo dupla tributação. Por isso, é essencial buscar sistemas que integrem essa gestão com a plataforma de vendas.
E você, já conhecia as regras de comissionamento de um marketplace? E o que você acha da necessidade de automatizar o split de pagamentos? Conte para nós!
Leia também: Como utilizar um ERP para vender em marketplaces
O post Comissionamento do marketplace: quando o investimento vale a pena apareceu primeiro em E-Commerce Brasil.
Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Comissionamento do marketplace: quando o investimento vale a pena. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.
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