Vimos uma forte mudança no comportamento do consumidor nos últimos anos, que cada vez mais utiliza meios digitais para realizar suas compras. Esse fator, consequentemente, também trouxe transformações ao mercado como um todo, incluindo a expansão de formas de pagamento online, como o link de pagamento, meio utilizado tanto por novos players quanto por empresas já consolidadas, que acompanham as inéditas formas de realizar negócios.
A evolução nos meios de pagamento, sem dúvidas, proporciona benefícios tanto para os lojistas quanto para os consumidores. No entanto, também traz desafios importantes no que diz respeito à proteção do negócio. Novas oportunidades trazem novos riscos. Por esse motivo, é fundamental se atentar aos fatores de risco e saber como evitar que pessoas mal-intencionadas prejudiquem a receita da empresa elevando o número de chargebacks.
Para ilustrar essa maior exposição aos riscos decorrentes dessa transformação digital, li, recentemente, alguns dados importantes em um estudo de uma empresa especialista. Eles mostram que, em 2021, os empreendedores sofreram 172% mais tentativas de fraude do que em 2020. Mas o que fazer para minimizar esses riscos quando falamos em fraudes nos meios de pagamento, sem que os indicadores sejam impactados?
Mudanças para diminuição de riscos
Um dos pontos que vejo ser extremamente necessário é que as empresas tenham uma gestão de fraude do seu negócio para acompanhar as transações de forma aproximada. Para isso, existem plataformas disponíveis no mercado que são de grande utilidade. Elas podem oferecer, por exemplo, classificação do nível de risco de cada pedido e permitir que o próprio lojista crie suas regras de acordo com o seu negócio, para entender quais pedidos têm mais potencial para serem fraudulentos.
Grandes empresas que trabalham com parceiros no e-commerce também se beneficiam do uso desse tipo de ferramenta para ter um acompanhamento junto aos sellers bem mais eficiente. Muitos desses parceiros, especialmente de menor porte, utilizam o link de pagamento para facilitar suas transações com o consumidor, pois não é comum que ingressantes no mercado tenham tanta disponibilidade de investimento para formas mais incrementadas. Com diversos negócios menores atrelados à uma marca maior, é essencial ter uma plataforma que permita realizar essa gestão antifraude de forma completa.
Vale ressaltar que links de pagamento não exigem que o consumidor faça login e coloque seus dados cadastrais. Sem esse processo na hora de receber o pagamento do cliente, a empresa não tem insumos para verificá-lo. Esse é mais um motivo para buscar uma ferramenta que consiga avaliar, por exemplo, o comportamento de compra desse consumidor, o contexto da transação e a frequência de compras que o usuário tem com o dispositivo.
É válido citar que empresas especializadas têm desenvolvido ferramentas de gestão de risco para usar nesses contextos, inclusive, que entregam informações em tempo real para a verificação automática. Isso porque, além de barrar possíveis fraudes, é importante não causar fricção para o cliente, que pode abandonar a transação se não tiver uma boa experiência, o que também impacta a receita do negócio. Ou seja, é preciso evitar a ação de golpistas sem comprometer a jornada de compra.
Quem tem parceiros de negócio também precisa de uma avaliação cuidadosa sobre quem vai realizar vendas dentro do espaço da sua marca. É comum encontrar pessoas que utilizam empresas para fraudes, então é imprescindível proteger o negócio também nesse aspecto. Assim como existem as ferramentas para a prevenção de fraudes nos meios de pagamento, que citei anteriormente, é importante buscar soluções que investiguem CNPJs e os CPFs relacionados a eles, e atribuam score apontando quais sellers têm maior potencial de risco.
Assertividade na gestão de fraude
Lembro que os golpistas agem de diferentes maneiras, por isso a gestão de fraude precisa ser assertiva em todos os aspectos. Eles podem utilizar, por exemplo, cartões de crédito de terceiros que são aprovados pela adquirente pelo simples fato de possuírem saldo. Nesse caso, sem um mecanismo para identificar essa fraude, a compra é aprovada, o produto é entregue ao fraudador e, quando o dono real do cartão não reconhece a transação, ocorre o chargeback e o prejuízo financeiro fica com a loja, sem contar a reputação da marca diante do cliente, que pode ficar arranhada.
Por isso, é preciso ficar atento em cada aspecto do negócio e não deixar nenhuma ponta solta. Os fraudadores, muitas vezes, precisam apenas de uma pequena brecha para aplicar golpes. O ideal, portanto, é buscar soluções que cubram todas essas possibilidades e protejam o negócio. Assim, quanto mais players estiverem precavidos, mais o mercado se fortalece contra as fraudes.
Leia também: Fraudes: as empresas conhecem os CNPJs com os quais têm relação?
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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Como manter bons indicadores, conter ataques e barrar fraudadores?. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.
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