Com uma alta exponencial mês a mês, o setor de seguros vem fazendo um excelente ano no que diz respeito ao faturamento. Em janeiro de 2022, conforme o CNseg, houve um aumento de 6,4% nas contratações de seguro em relação ao ano anterior, o que representou um acréscimo de R$26 bilhões para o setor.
Em abril, o bom desempenho se manteve e o crescimento, comparado a 2021, foi ainda maior, de 20,3%. O setor fechou o primeiro quadrimestre de 2022 com crescimento de 16,5%, superando as projeções que foram feitas de que o incremento para o ano seria de aproximadamente 10,3%.
Que o setor de seguros está passando por um excelente ano não há dúvida, assim como não se pode negar que, tal qual outros diversos setores, passa por uma transformação digital proeminente. Por isso, é preciso direcionar a atenção para um segmento emergente e que ganha cada vez mais espaço, as insurtechs, conceito que vamos abordar melhor neste artigo.
O que é insurtech?
Embora o conceito esteja difundido também entre seguradoras tradicionais, o termo é relacionado à tecnologia das seguradoras, geralmente associada às startups ou aos serviços que chegam para digitalizar os processos que envolvem a contratação de um seguro junto a uma corretora.
Esse processo tecnológico impacta, inclusive, a forma como os consumidores passam a contratar os planos, independentemente do tipo de apólice. A evolução acompanha as novas tecnologias e formas de consumo, onde o cliente deseja uma acessibilidade cada vez maior e mais facilitada para adquirir e contratar qualquer tipo de produto ou serviço.
Se antes era comum que os corretores abordassem os clientes ou que o consumidor tivesse que ir presencialmente até uma corretora para contratar um seguro, as insurtechs chegam para digitalizar todo esse processo, tirando a burocracia do caminho e acessibilizando a contratação de seguros.
Através da tecnologia trazida pelas insurtechs, as corretoras estruturam seu negócio de forma mais eficiente, sobretudo nos processos de venda dos produtos e na gestão dos segurados.
Insurtechs e seus impactos no mercado de seguros
Os impactos das insurtechs no setor de seguros permeiam todo o processo de venda, desde o primeiro contato do cliente, passando por todo o fechamento do contrato, até o processo de pós-venda, ou sucesso do cliente. Isso porque a tecnologia embutida nesse modelo de negócio pensa para além do lucro, na experiência do cliente, uma preocupação essencial para empresas que desejam prosperar no futuro próximo.
Outro ponto importante da insurtech é que ela praticamente elimina a burocracia no processo de contratação de seguros. Se antes contratar um seguro envolvia muitos contratos, assinaturas e letras miúdas no rodapé, a tecnologia das insurtechs desburocratiza esse processo, facilitando o acesso de pessoas e empresas à contratação de seguros.
Com a digitalização dos processos, também é esperado que o rendimento das seguradoras aumente, otimizando o tempo de trabalho sem perder tempo desnecessário com etapas que podem evoluir rapidamente por meio da tecnologia. Assim, os corretores podem se tornar ainda mais estratégicos e as seguradoras mais analíticas, atuando de forma a gerar cada vez mais valor para seus segurados.
Outro impacto importante é que as insurtechs ampliam a possibilidade de personalização. Isso significa que fica mais fácil entender a dor do cliente, mapear adequadamente suas expectativas e, então, atendê-lo de forma mais eficiente e assertiva.
Brasil é líder do setor de insurtechs na América Latina
O setor de insurtechs se populariza a cada dia no Brasil e também na América Latina. Conforme o Latam Insurtech Journey, existem mais de 350 empresas dessa natureza na região e o Brasil lidera esse mercado com 32% de participação, representados por 129 insurtechs.
Atualmente, o país é responsável por 57% do investimento total no setor de insurtechs da América Latina e, somente em 2020, houve um aumento de 98% no volume de investimentos no setor em relação ao ano anterior. Desde o início das atividades de insurtechs na região latino-americana, foram investidos cerca de US$500 milhões, e a estimativa é de que até 2023 esse volume alcance US$1,5 bilhão.
Conforme matéria da Apolice, estima-se que o crescimento do setor de insurtechs no Brasil está muito relacionado aos novos modelos de negócios dedicados aos serviços. Além disso, especialistas apontam que a pandemia acelerou processos de transformação digital, antecipando decisões sobre evoluções tecnológicas que, embora necessárias, acabavam sendo postergadas.
Em suma, as insurtechs trazem excelentes expectativas para o mercado de seguros, mas, em contraponto, demandam uma adaptação de mentalidade por parte de gestores e gerentes de seguradoras para que, dessa forma, possam absorver todos os benefícios dessa transformação e colher os frutos que a tecnologia tem a oferecer.
Leia também: Insurtechs e seguros: conheça perspectivas e o potencial deste mercado
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Na próxima semana farei mais um review com depoimento e resenha sobre Insurtechs: por que manter esse segmento em ascensão no radar?. Espero ter ajudado a esclarecer o que é, como usar, se funciona e se vale a pena mesmo. Se você tiver alguma dúvida ou quiser adicionar algum comentário deixe abaixo.
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